EM BUSCA DA ESSÊNCIA.
Meus pensamentos não são rasos, são profundos.
Nos questionamentos além, busco respostas—às vezes, vindas do próprio além.
A palavra espiritualidade tem sido tão deturpada quanto o amor. No entanto, ambas brotam do mesmo centro: a partícula do Universo que habita cada ser. Cabe a nós, pelo livre-arbítrio, escolher caminhar com amor e espiritualidade.
Não falo de religiosidade. No meu caminho evolutivo—veja bem, meu caminho, pois, cada um tem o seu—percebi que a religião impõe limites ao conhecimento, amparada em estudos e escritos. Já a espiritualidade não exige estudo, apenas sentir. Ela se manifesta como uma brisa passageira, em um milésimo de segundo, unificando corpo e essência.
Quando me perguntam por que não frequento uma religião, respondo:
Gosto da liberdade ilimitada, de sentir o aroma das flores mesmo quando não exalam perfume, de colher a paz pelo cheiro da maresia, mesmo quando não há sargaço, de ouvir o canto das cigarras durante às quatro estações—pois, o zunido contínuo em meus ouvidos são a ligação entre minha matéria e a essência universal.
Posso não agradar a muitos, mas não nasci para concordar. Vim em busca das minhas realizações, paz e felicidade.
E eu só as encontro através do amor, da espiritualidade e da gratidão ao universo.
C. Caldas