RIR OU SE ESTRESSAR?
A escolha é sua.
Todo dia, como de costume, vou regar minhas plantas. Já virou um ritual. Observo cada uma recebendo a água, converso com elas, canto baixinho, e sinto que, de alguma forma, me respondem. Quem já viveu essa conexão sabe do que estou falando. Há uma troca silenciosa, quase mística. A brisa parece sussurrar: "Fique mais um pouco conosco." Eu fico. O tempo passa sem que eu perceba.
Hoje, porém, eu não reparei onde pisava. Estava encantada com o pé de acerola, lindo, carregado de frutos suculentos. De repente, a tragédia: um passo em falso e... splash!
Suculenta mesmo foi a bosta que eu pisei. Literalmente. Tirei o pé da merda e, sem pensar, dei um passo para trás… direto no meio da pasta, pisar uma vez, é ruim, mas duas vezes...
Qualquer pessoa normal teria xingado, resmungado, talvez até amaldiçoado o pobre animal cagão. Mas eu? Caí na risada. Quanto mais olhava para o pé sujo, mais ria. E tenho certeza de que minhas amigas plantas riram comigo, sem nem saber do motivo. Talvez até tenham pensado que eu estava feliz demais.
A vida é assim: sempre teremos duas opções. Se estressar ou rir da própria desgraça.
Hoje, escolhi rir.
Afinal, se até a terra que nos dá frutos pode acolher a merda, por que a gente não pode transformar os tropeços da vida em adubo para o nosso crescimento?
C. Caldas.