Entre Alma e Mente
A alma não morre; ela se ilumina,
Cada vez que a mente explora e evolui.
Como um rio que flui silencioso,
Ao encontro do mar, sem se perder, ela desemboca, imortal.
A mente, limitada pelos afazeres terrenos,
Busca respostas na lógica, sempre insaciável.
É um mapa que tenta desenhar o território,
Mas nunca compreende sua vastidão, nunca o abraça em totalidade.
A alma transcende; a mente não.
A mente vaga nas dúvidas e ilusões do dia a dia,
Enquanto a alma, plena, dá sentido até às limitações,
Numa entrega serena ao fluxo natural da vida.
A mente pensa, mas a alma sente.
Uma é lógica, a outra, infinita e fluente.
A mente pergunta, busca o porquê,
Mas a alma já sabe, e a resposta é a paz, sem necessidade de dizer.
A mente é chama que brilha e se apaga,
A alma é vento eterno que nunca se cala.
Quando a mente se cansa e precisa parar,
É na alma que o ser, finalmente, vai repousar.
Entre a mente e a alma pulsa um coração repleto de gratidão.
C. Caldas