A emoção de voltar às máquinas de costura.
Fui surpreendida por minha neta, Driele.
– Vó, faz meu maiô de ginástica.
Imediatamente respondi:
– Não sei se tenho mais condições... faz quase 10 anos que não costuro.
Ela retrucou:
– Queria muito que fosse feito pela senhora. É a primeira vez que vou participar de uma competição de ginástica artística.
Como negar?
Senti-me envolvida no mesmo sonho.
– Vou tentar, farei!
Malhas compradas, mãos à obra.
Esqueci a incapacidade que pensava ter, superei minhas dores nas mãos e depositei todo o meu amor em cada ponto, não só fiz o dela, como também, da sua amiga que ia participar do mesmo evento.
Enfim, ela realizou nosso sonho: estar lá nos Jogos da Juventude em João Pessoa, vestida no uniforme confeccionado por mim.
Descubro que costurar é a arte de realizar sonhos.
C. Caldas